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A luta por medicamentos caros tem levado muitos pacientes a enfrentar batalhas judiciais. Casos como os de Juliana Rosa e Richard ilustram os desafios enfrentados por pessoas que necessitam de tratamentos de alto custo, mas que não são cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou por planos de saúde.

Juliana Rosa foi diagnosticada com um câncer raro nas glândulas adrenais. O medicamento que ela precisa custa cerca de R$ 75 mil por mês. Após esgotar as possibilidades de obter o remédio pelo plano de saúde ou SUS, Juliana recorreu à justiça. No entanto, perdeu em primeira instância e agora aguarda a decisão de um recurso.

Outro exemplo é o de Richard, um menino de 5 anos diagnosticado com a doença de Duchenne. O tratamento que ele necessita tem um custo exorbitante, cerca de R$ 17 milhões. A família de Richard também recorreu ao judiciário para tentar garantir o acesso ao medicamento.

Esses casos refletem uma tendência crescente de judicialização para a obtenção de medicamentos caros. Muitos pacientes e suas famílias veem na justiça uma última esperança para obter tratamentos essenciais, mas que são financeiramente inacessíveis. Contudo, especialistas alertam para os entraves legais que envolvem esse caminho, especialmente após decisões recentes que dificultam o acesso a medicamentos que ainda não foram aprovados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A judicialização, apesar de ser uma alternativa, não garante uma solução rápida ou definitiva. Os pacientes muitas vezes se deparam com processos demorados e decisões desfavoráveis, que podem agravar ainda mais o estado de saúde. Esse cenário evidencia a necessidade de uma revisão nas políticas de acesso a medicamentos no Brasil, para que pacientes como Juliana e Richard possam ter uma chance justa de tratamento.

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